As Políticas de Promoção da Igualdade no Brasil são elaboradas através da II CONEPIR (Conferência Estadual de Políticas da Igualdade Racial), é um espaço de diálogo e de repactuação entre a sociedade civil e o Estado. Nela segundo a CONEPIR as conferências municipais e estaduais devem consultar as comunidades tradicionais de terreiros, quilombolas, indígenas e de etnia cigana.


Na visão dos indígenas que participaram da II CONEPIR na cidade de Salvador os objetivos e as metodologias das políticas de igualdade racial não respeitam a questão indígena sendo apenas acordadas as questões de outras comunidades em especial as negras.
Nós indígenas respeitamos o processo de exclusão e violência que os negros do Brasil passaram e passam, mas desconhecer os problemas dos indígenas é uma atitude antidemocrática ao qual nós repudiamos já que a nossa luta, ou seja, as propostas de melhorias para os povos indígenas caso venha a atender as necessidades dos negros não mediremos esforços para apoiá-los, pois somos povos historicamente excluídos e não merecemos e nem pretendemos pensar em uma guerra de classe entre desfavorecidos da sociedade, a qual vivemos.
Tudo isso porque muitas das propostas apresentadas pelos grupos de trabalhos da Conferência realizada em Salvador ao qual trabalharam com os temas, GT-1. Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, GT-2. Educação, GT-3. Saúde, GT-4. Segurança Pública e Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, GT-5. Quilombola, não contemplavam a questão indígena ou seja os indígenas forma esquecidos e assim os dois únicos participantes da II CONEPIR em Salvador, Crispiniano Santos Pacheco(Tupinambá) e Jandair Ribeiro de Oliveira (Tuxá), tiveram que fazer intervenções e mudaram muitas das propostas apresentas pelos grupos ao qual forma aprovadas pela plenária já que os mesmos fizer lembrar a questão indígena em todas as propostas de melhorias para as comunidades indígenas do Brasil.
O auge das demandas elaboradas durante a II CONEPIR em Salvador será na etapa nacional, que aconteçeu entre os dias 25 e 28 de Junho no Centro de Convenções Ulisses Guimarães em Brasília (DF).
Sendo assim, já que Políticas de Promoção da Igualdade Racial no Brasil não são pensadas para atender a todas as comunidades indicadas por seus idelaizadores como é de praxe, de Salvador não saiu representação indígena, contudo esperamos que as propostas ao qual foi incluída as questões dos indígenas permaneçam e façam resultado no futuro próximo.
E parabéns a todos agueles indígenas que participarem do evento, não vamos entregar os pontos na próxima estaremos mostrando nossa garra e força de vontade e com certeza mudaremos a cara das políticas de promoção da igualdade racial no Brasil.

Jandair-Tuxá

jandairribeiro@hotmail.com