Moramos no Vale do São Francisco, construção da Hidrelétricas a parti de 1950, Paulo Afonso I, começou os problemas do rio, os peixes encontrou barreira, sem poderem subir para reproduzir. Logo após vieram outras hidrelétrica: Sobradinho,Três Marias, Paulo Afonso II, III, IV e Xingó nos anos de 1990. O desequilíbrio ambiental foi visível em poucos dias, começou a diminuir os peixes, a vazão do rio, as lagoas ” Viveiros Naturais” dos alevinos, não mais enchia como antes. A destruição da Mata Ciliar, das margens do rio, deixou os barrancos desprotegidos das águas de dezembro. As cidades despejam seus esgotos na calha do rio, os bancos de areia, aparece com mais freqüência, impedindo a navegação. O horizonte verde agora estar modificado pelas cores das cidades que nascem a cada ano, no território outrora indígena. A fumaça das chaminés das indústrias de beneficiamento de arroz, escurece o céu. As queimadas das matas, pelos fazendeiros ilumina a noite escura, as cinzas das canas dos usineiros sujam as casas dos indígenas. A temperatura aumentou, a terra sem vegetação altera o clima, dar saudades dos animais da floresta que foram extintos: macacos, guaxinins, cardinheira, pato selvagem, jacaré-de-papo-amarelo, capivara etc. Até mesmo as enchentes do Rio São Francisco, demora muito para acontecer, somente quando chove bastante nas cabeceiras. Ainda há tempo de reverter essa situação, vamos organizar o povo do rio, porque o ” Rio São Francisco Somos Nós “.Nhenety Kariri-Xocó.