Iniciava-se INDIOS NA VISÃO DOS INDIOS, realizando Oficinas de Identidade e Expressão Criativas, qualificando aos índios para atuar como jornalistas, historiadores, fotógrafos e antropólogos de suas próprias vidas. Foi através da dedicação, esforço e orientação dos índios que publicamos em 2001 os quatro primeiros livros da coleção de livros: “ÍNDIOS NA VISÃO DOS ÍNDIOS”: Kariri-Xocó, Pankararu, Fulni-ô, Tumbalalá.

Durante 2002, os Kiriri, os Tupinambá, os Truká começam a usar maquinas de fotos digitais, gravadores de áudio sem fita e digitar num computador… Publicando em 2003 três novos livros da coleção.

Em abril de 2004, sete nações indígenas nordestinas que carregam o peso da invasão, com seus rostros marcados pela exploração, pelo roubo de todos seus direitos e de seu bem mais precioso: A Mãe Terra, se conectam com o mundo desde suas próprias aldeias, cada uma com um computador e uma antena satélite.
Um universo de 25.000 índios que padeciam de total exclusão social: Com fome, com os piores Índices de Desenvolvimento Humano do Brasil, sem telefones, sem rodovias, sem acesso à informação, sem dialogo com os poderes públicos, sem participação nas política, sem espaços culturais, sem futuro, conseguem quebrar esse ciclo de miséria através da internet.
Os primeiros habitantes destas Terras, que há mais de 500 anos vinham sendo massacrados pela ganância, tem agora um canal de expressão. Em 2004, em programa piloto, ousando, a ONG THYDÊWÁ conecta via satélite sete nações indígenas, instrumentalizando os indios a protagonizar suas mudanças.

Desde abril ate outubro de 2004 sete nações indígenas aliadas através do projeto: INDIOS ON-LINE tiveram a oportunidade de projetar suas culturas e promover a paz.
Os Kiriri usaram a internet para garantir sua merenda escolar.
Os Tupinambá combateram o desmatamento.
Os Tumbalalá conquistaram o direito a receber: Auxílios maternidade.
Os Xucuru-Kariri através do governo eletrônico regularizaram os salários de seus professores.

Todas as aldeias fizeram pesquisas escolares.
Muitos não-indios pesquisaram sobre os indios, a partir dos artígos escritos pelos indios e chatendo diretamente com eles.
ÍNDIOS ON-LINE: Cultura, Educação e Cidadania.

Entre outubro de 2004 e setembro de 2005 os indios são violentadamente isolados. Por falta de recursos suas antenas são desligadas. Entre elas os Pataxó-Hãhãhãe e Xucuru-Kariri, que usavam a internet para fazer seus livros, que embora agora 99% prontos, não encontram financiamento para se imprimir.

Sete de Setembro, reconexão: Independência. Um PONTO na historia.
O MINISTERIO DA CULTURA, através de seu programa PONTOS DE CULTURA VIVA, revive INDIOS ON-LINE.
Os indios, os criadores da ‘rede’ voltam a tecer, tcendo um presente para todos