Como muitos já sabem, os índios sofreram e continuando sofrendo a expulsão de seus territórios. Existem muitas comunidades indígenas em todo o Brasil sem terra demarcada e também existem algumas comunidades com territórios tão pequenos e sucatados que dificilmente permitem a sobrevivência dos indígenas.

No nordeste, muitas nações indígenas não têm terra mesmo, vivendo em favelas ou transitando por terrenos emprestados. Alguns já estão pisando um pedaço de terra e esperando a legalização, outros estão sucatados, marginalizados, sem possibilidades de ter nem sequer uma horta ou um lugar tranqüilo para dormir.

Em Alagoas, a cidade “Palmeiras dos índios” foi fundada nesse local justamente por causa dos indígenas. Monto-se uma Igreja no meio para catequizar os índios. Monto-se um sistema capitalista que os explorava e transformava o produto do suor indígena em riquezas para a elite relacionada com o poder colonizador vindo de Portugal.

A cada vez mais, as riquezas produzidas pelos índios enriqueciam a cidade, a cidade crescia e os expulsava para mais longe. O tempo passava e os índios eram constantemente removidos, espoliando suas terras e massacrando-os de todas as formas.

Existem hoje, após muita luta, vários territórios demarcados para os Xucurú-Kariri, mas todos com extensão de terras muito pequenas, e existe também 50 famílias de indígenas que não conseguiram ainda um pedaço de terra para morar.

50 famílias XUCURU-KARIRI vivem em extrema situação de risco social, sem aceso a terra para plantar, a uma moradia digna, a um terreno pra praticar seus rituais como o do Toré, com muitas dificuldades em aceder em boa forma aos sistemas de Educação e SAÚDE, porque o sistema os considera DESALDEADOS.

Francisco Jose Lourenço de Silva (conhecido como Chiquinho) esta assumindo a liderança desse grupo de famílias que esta DESALDEADO; lutando através desta comunicação e de todas as formas possíveis conseguir uma terra para viver dignamente com seu povo. Francisco representa como Cacique este grupo e é acompanhado por Antonio Lourenço de melo, Pajé…. vem solicitando a Ministério Publico, a FUNAI, há mais de ano, como pode se conferir nos documentos anexados como fotógrafias, um território.

Chiquinho explica saber que existe um recurso na FUNAI, em Brasilia, na Diretoria de Assuntos Fundiários (DAF)especialmente para compra de terra EMERGENCIAIS. Ele sabe que o caso deles tem que ser prioridade porque já vem ha anos sofrendo uma situação que só se agrava dia a dia. Ele aponta que já foi estudada uma área de 360 hectareas, chamada “FAZENDA CALDEIRÃO”, do senhor Jacó (82-9984-4927)que ja se dispus para negociar.

Essa FAZENDA esta fora da ultima demarcação realizada pela FUNAI, porem as areas demarcadas que ainda não estão na posse dos indigenas estão num litigio muito forte e complicado. Então considerando o nivel de emergencia, de necesidade, destes indigenas, poderem praticar sua cultura e viver com dignidade, a compra de uma terra pode ser a melhor solução.

Chiquinho relata um pouco do sofrimento diario das 50 familias… Tres familias só vivem de esmola, muitos vivem de fazer frete, de balaio ou carro de mão carregas as compras da feira dos moradores de Palmeiras; alguns pegam os serviços mais pesados da cidade outros sofrem de discriminação, e pelo simples fato de se identificar como indigenas não conseguem trabalho. Ele diz: Eu mesmo sou pintor, mas desde que entrei forte na luta é dificl alguem me dar um emprego.

O grupo que se autodenomina: “Xucurú-Palmeira” tem o reconhecimento e o apoio de outras lideranças Xucurú-Kariri, da terras chamadas: “Coite”, “Cafurna de Cima”, “cafurna de Baixo” entre outras.

Quem de alguma forma quiser ajudar, comente esta matéria, deixando sua sugestão e seus dados. Chiquinho (telefone 82- 9967-1858), Antonio e um grupo de índios Xucurú-Kariri se encontram na FUNAI de Maceió (AL) esperando se organizar para dia 15 de maio ter uma audiência com o presidente da FUNAI em Brasília.

Chiquinho pede para encaminhar cartas e ou e-mails para:

1) Diretoria de Assuntos Fundiários da FUNAI
Endereço: SEPS 702/902 Ed. Lex 3º. andar – CEP: 70.390-025
Telefone: 61 3313-3554 / 3552 3226-7168
Fax: 61 3313-3663
E-mail: daf@funai.gov.br
Nome do Responsável: Maria Auxiliadora Sá Leão

2) Coordenação Geral de Assuntos Fundiários
Endereço: SEPS 702/902 Ed. Lex 3º – CEP: 70.390-025
Telefone: 61 3313.3546 / 3542
Fax: 61 3322.5404
E-mail: cgaf@funai.gov.br
Nome do Responsável: José Aparecido Donizete Briner

3)Camara dos Deputados – Comissão de Direitos Humanos e Minorias
Câmara dos Deputados, Anexo II, Pav. Superior, Ala A, Sala 185
61) 3216-6570 / 3216-6574